Uncharted: Drake’s Fortune
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Gênero: Aventura
Produtora: Naughty Dog
Distribuidora: SECA
Lançamento: 16/11/2007
Nota: 8,0
Revision
Um dos primeiros jogos lançados para o PS3, Uncharted: Drake’s Fortune foi um dos principais motivos pra se comprar o console da Sony, tanto é que existe até hoje (refugo, mas existe) um pacote com o jogo incluso.
"Será que o irmão do Mr. Eko tá lá dentro?"
Com clima de filme de aventura padrão “As Minas do Rei Salomão”, Uncharted tem uma história bem bobinha, carregada de clichês, mas é cheio de ótimas cenas de ação e, o melhor, tudo pode ser lido e ouvido em português, lusitano, mas ainda assim, português.
Trepando no roliço!
Você controla Nathan Drake, um sabe-se lá o que, vulgo arqueólogo, que sai atrás do tesouro de sir Francis Drake, seu antepassado, e leva junto a jornalista Elena Fisher e Sully, seu amigo endividado. A partir daí é aquela velha fórmula: mocinhos e bandidos atrás de um tesouro e por várias vezes eles se enfrentam pelo caminho.
Se ele não comer a loira no final é um clichê a menos!
O jogo em si acaba sendo uma mistura de Tomb Raider com qualquer outro jogo de tiro, pois o sistema de exploração do cenário é bem similar ao do game da peituda, porém com controles extremamente simples e movimentação do personagem incrivelmente fluente, deixando tudo bem simples.
Não, isso não é Prince of Persia!
Aliás, dificuldade não é o forte dos quebra-cabeças, que são bem simples e, se você demorar pra resolver, mesmo que esteja só procurando por itens escondidos no cenário, sem necessariamente tentar decifrá-los, os personagens que te acompanham (quanto há algum), começam a te dar umas dicas em forma de perguntas, tipo “e se você apertar aquele botão vermelho piscante?”, e quanto você está sozinho aparece a sugestão de pressionar L2 para ter uma visão de onde se deve começar a escalada ou até um texto na tela dizendo exatamente o que fazer.
Não, isso não é Assassin's Creed!
Uma coisa completamente tosca é que em várias partes inalcançáveis há barris explosivos estrategicamente posicionados para que algo aconteça e você tenha acesso, não importa se você está numa fábrica desses barris (não que exista uma no game) ou num templo pré-astecas.
Não, isso não é um jogo de tiro!
Mesmo com tais facilidades, as partes de exploração são bem legais e seguram bem a atenção, principalmente nas de correria com inimigos atirando a rodo, o que não acontece nos tiroteios, que são meio repetitivos, com inimigos consideralmente inteligentes, mas que adorarem ficar próximos de barris explosívos.
Não, isso não é God of War!
O arsenal que se encontra pelo game é bem limitado, o que é perfeitamente justificável diante do enredo apresentado, e nem tente utilizar a AK-47, é mais fácil matar um cidadão com três tiros de 9mm do que com um pente da metranca.
Não, isso não é uma tentativa de estupro!
O visual é muito bonito, com uma floresta rica em detalhes, tanto na flora quanto na fauna (vêm falar que a floresta de Wolverine é bem feita, vem!!??), lembrando bastante FarCry 2, inclusive na geografia e na movimentação dos inimigos. Às vezes algumas texturas demoram um pouco pra carregar, mas é beeem raro de acontecer.
Zunindo nazoreia!
A câmera é semi-automática, e sempre tenta deixar tudo num ângulo bem cinematográfico, mas às vezes atrapalha e não tem como arrumar, havendo uma posições pré-estabelecidas para certos pontos do cenário.
Esconde-esconde
No fim das contas, é nítido que a equipe de produção não deu a atenção devida a certos pontos, principalmente no enredo óbvio e alguns erros de continuísmo, mas Uncharted: Drake’s Fortune foi um ótimo título de estreia da Naughty Dog na nexgen e é obrigatório para se jogar Uncharted 2, considerado um dos melhores jogos de todos os tempos.
Prós e Contras
- Gráficos praticamente perfeitos
- Controle simples para tarefas difíceis
- Vários idiomas (áudio, legendas e menus)
- Bom equilíbrio entre jogo e cenas
- História bem mais ou menos
- Tiroteios meia-boca
- Erros de continuísmo
- Com no máximo oito horas se termina
Vídeo
Posted by Vivard 10:56
PlayStation 3 120Gb (PS3 Slim)
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Testado com os games: LittleBigPlanet e Megal Gear Solid 4
Nota: Pra quê?
Review
PlayStation é sinônimo de videogame em vários países e é claro que o 4G não poderia deixar de ter um console desses enfeitando a estante da sala!
Inicialmente o PS3 parecia ser uma mosca branca pelo seu tamanho, a dificuldade de programação por parte dos produtores e principalmente pelo seu preço bem carregado no sal. Mas aí a coisa foi melhorando, o preço foi caindo, os jogos exclusivos foram saindo, a versão slim foi lançada e chegamos ao ponto em que está mais do que valendo a pena adquirir uma belezinha dessas.
Essa versão slim conta com HDD de 120 Gb, mais do que suficiente pra qualquer doente por DLC, mesmo com o console instalando trechos de vários games para uma execução mais fluída (Metal Gear Solid 4, por exemplo, instala 6,5 Gb). Seu tamanho é consideravelmente menor do que a primeira versão, mas enorme se compararmos a diferença de tamanho entre o PS2 tijolão e a sua versão slim.
Ao ligar o console, ele já pede para conectar o controle (não é preciso sincronizar) e já automaticamente reconhece a resolução da sua TV, restando a você apenas concordar ou não com o reconhecido e depois configurar região, data, hora, idioma (o português lusitano está lá e os jogos que o possuem já o carregam automaticamente) e coisas do tipo, tudo exatamente com o mesmo visual da dashboard do PSP.
Seu controle, que atende por Dual Shock 3, é bem semelhante ao do PS2, porém os botões L2 e R2 têm maior sensibilidade, exatamente como os gatilhos do X360, mas com os botões em sua forma tradicional. Ele dispensa o uso de pilhas, tendo bateria interna que é carregada ao conectar um cabo USB no próprio videogame. A recarga é relativamente rápida e a bateria tem uma boa durabilidade (maior que as de pilhas no X360).
Outras comparações com o Xbox 360 são inevitáveis, então já vamos começar comparando. Um ser desavisado que vai ligar um Xbox 360 se assusta com o barulho produzido pelos coolers, motor do drive e leitor. Já um desavisado que vai ligar um PS3 desses se assusta com a ausência de barulho! É incrível como o console é silencioso. Esquenta bem depois de algumas horas, mas nem por isso deixa de ser confiável.
Falando em confiabilidade, um fantasma que assolava a vida dos proprietários do PS3 gorducho era a yellow light of death (também conhecida como yold), que era a indicação de que algo sério havia acontecido com o aparelho, sendo então a maneira de ele te dizer “fodeu”, tal como as 3RL ou o E74 do X360, mas isso foi praticamente resolvido nessa nova versão, e os relatos desse acontecimento são bem raros.
Um problema do PS3 é que o cabo de áudio e vídeo que vem com ele é aquele simplão de vídeo composto (amarelo, branco e vermelho), o que é um absurdo para um aparelho que é vendido como Full HD (1080p) já que o máximo que esse cabo faz é o velho standard (480i), a mesma resolução do Atari, Telejogo, Odissey e coisas do tipo, restando ao usuário comprar um cabo HDMI (ou vídeo-componente) por conta própria para aproveitar tudo o que o console tem a oferecer.
Diferente dos concorrentes e do próprio PS2 slim, a fonte de energia do PS3 é interna (talvez por isso o aquecimento), evitando aquele trambolho atrás da estante, sendo ligado apenas um cabo comum do console direto na tomada.
Além de ser um nexgen, o PS3 é um Blu-Ray player, e a execução de filmes, apesar de um pouco demorada na inicialização, é ótima, produzindo uma imagem tão cristalina que é até possível enxergar falhas invisíveis nos DVDs. O único defeito nessa parte é que o Dual Shock 3, assim como os anteriores, é um péssimo controle-remoto para dar play, avançar, pular, acessar menus e executar qualquer outra função de um player comum.
A retrocompatibilidade foi deixada de lado nessa versão, o que significa que se você quiser jogar seus games de PS2, terá que fazê-lo em seu PS2 ou simplesmente não fazê-lo, o que não chega a ser um ponto tão negativo, já que a versão anterior rodava bem mal tais jogos.
Resumindo, o PlayStation 3 slim vale muito mais a pena do que a versão antiga, pois é um ótimo console de games, está mais compacto e ainda por cima reproduz filme em Blu-Ray.
Prós e Contras
- É um Blu-Ray player
- Consome 34% menos energia
- Menor e mais bonito
- Originalmente não pode ser deixado na vertical
- Sem retrocompatibilidade com jogos de PS2
Posted by Vivard 16:48
Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots
Gênero: Ação Stealth
Produtora: Kojima Productions
Distribuidora: Konami
Lançamento: 12/06/2008
Nota: 9,8
Revision
No mundo existem as pessoas ignorantes (bastante gente), as comuns (a maioria), as diferenciadas (nem tantas) e os gênios (poucas). Hideo Kojima se enquadra nessa última categoria, e para comprovar isso basta jogar qualquer um dos games produzidos por ele. Se você pegar o último então, não terá a menor dúvida disso.
"Ai, minha coluna tá toda fodida com esses bicos de papagaio!"
Com uma sensibilidade cinematográfica que deixa muito diretor famoso no chinelo e uma puta criatividade para desenvolver histórias, Mr. Kojima nos entregou um dos melhores jogos de todos os tempos que, mesmo sendo um dos primeiros do PS3, ainda é impressionante e não há Uncharted ou Killzone (só pra ficar nos exclusivos) que o supere.
Momento flashback tradicional
A história (vou tentar não dar nenhum spoiler) dá continuidade aos acontecimentos de Metal Gear Solid 2, já que a terceira versão foi um prólogo passado nos anos 60, e Snake segue com o vírus da raposa lá que adquiriu ainda no primeiro episódio da série, lá no PS1, que lhe causa envelhecimento precoce. Tudo bem que ele tá bem tiozinho, mas se não usasse bigode e cabelo de McGuyver já aparentaria menos idade.
Operar um treco desses na realidade deve ser mó loteria
Os controles, que já eram ótimos, estão aprimorados, com novos comandos e recursos. Ao todo é tanta coisa que Snake pode fazer que é até difícil memorizar tudo, mas na hora do aperto dá pra se virar depois de algumas trocas de bolas básicas.
Acho que os oponentes também têm dores na coluna
A câmera está livre, tal como em Metal Gear 3: Subsistence, a onde coisa é mais para terceira pessoa do que para as câmeras semi-fixas que estávamos acostumados na série, o que acaba sendo bom, pois podemos girá-la em torno de Snake para ver atrás de paredes e coisas do tipo.
Só assistindo de camarote
O som é perfeito, tanto nos efeitos sonoros quanto na dublagem e trilha sonora. Todos os nomes conhecidos das outras versões estão de volta fazendo suas respectivas partes.
Esse vai bem na lata
O visual ainda impressiona com o nível de realismo. As únicas coisas que já soam um pouco datadas são as sombras e algumas texturas de tecidos, tirando isso, os gráficos são bonitos e muito bem detalhados, principalmente as expressões faciais.
É incrível como não tem mulher feia nos MGS
As cenas semi-interativas são pausáveis e puláveis, e a qualquer momento se pode apertar pra cima no direcional digital para dar zoom na imagem, usando o analógico direito para mexer a câmera. Além disso, em certos momentos há a opção de se pressionar L1 para ter um outro ângulo de imagem (geralmente em primeira pessoa) e X para ativar flashbacks com referências aos jogos anteriores ou até mesmo de coisas que acontecem no início do game.
Até o açougueiro entrou na peleja!
Claro que o já clássico humor de Hideo Kojima continua afiadíssimo com ótimas sacadas e situações até absurdas, aliás, seus exageros continuam, mas tal como Quentin Tarantino, a gente acaba até gostando dessas coisas, como a dramaticidade de alguns movimentos de ação nas cenas semi-interativas.
Aonde mais um macaco pelado teria cabimento?
Snake anda pra cima e pra baixo com o uniforme atochado no rego e uma médica prisioneira que usa camisa e jaleco abertos até o umbigo, sem sutiã, mostrando praticamente metade de cada peito... tem como reclamar disso? Não né? Ah Bom.
Tá achando comprometedor? Olha a próxima...
Falando no uniforme de Snake, ele é fenomenal (tirando o atochamento anal) e extremamente funcional. Quando se começa um novo jogo a primeira coisa que é mostrada são imagens de um documentário que fala do poder de camuflagem do polvo, dizendo de onde vem a inspiração para a criação do traje usado pelo cidadão.
Fico pensando no cara que teve que ficar nessa posição pra fazer o motion cap
Para a parada funcionar, basta ficar parado um tempo perto de alguma superfície que ele automaticamente adquire suas características, bastando chacoalhar o controle para voltar à cor original.
Eehh, essa camuflagem tá freuds!
Outras tranqueiras tecnológicas são o robozinho Mk. II que acompanha Snake na maior parte do tempo, sempre camuflado, portanto invisível aos olhos dos inimigos, tem lá sua utilidade, mas nada muito pans a não ser que você seja daqueles stealth maniacs. Há também o Solid Eye, que traz nightvision, zoom e tals, tudo num mesmo equipamento, o que economiza um bom tempo.
Seria isso um MP15?
A ação corre mais independente do que nas outras edições, onde passar desapercebido era excepcional. Em MGS4, você até ganha desbloqueio de extras se passar por certo ponto sem matar ninguém ou sem ser notado, mas se você quiser dar uma de Rambo o tempo todo, não comprometerá o decorrer da história, e às vezes acaba até sendo mais vantajoso.
Lembra da doutora e o decote? Então...
Bom, é isso aí, acho que consegui falar de tudo sem soltar nenhum spoiler. Metal Gear 4: Guns of the Patriots é um dos melhores jogos de todos os tempos e obrigatório pra qualquer dono de um PS3, gostando ou não dos outros da série, já que agora não tem mais a desculpa de que não gosta de stealth.
Prós e Contras
- História simplesmente animal!
- Gráficos ainda ótimos
- Faz inveja a muitos diretores de cinema
- Mecânica aprimorada (sim, melhorou!)
- Humor típico de Hideo Kojima
- Longo prazo de validade
- Quer dar uma de Rambo? Manda bala!
- Multiplayer online
- Instalações demoradas no HD
Vídeo
Posted by Vivard 14:56
Marcadores: 2008, Ação Stealth
LittleBigPlanet
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Gênero: Plataforma
Produtora: Media Molecule
Distribuidora: SCEA
Lançamento: 27/10/2008
Nota: 9,0
Revision
Manja aqueles jogos que à primeira vista, quando são anunciados, você não dá muita bola, mas que quando são lançados vira aquele furdunço com todo mundo falando deles de maneira a qual te faz decidir testar com as próprias mãos pra conferir se são mesmo isso tudo e nó final das contas realmente são? Pois é, LittleBigPlanet é um desses.
♪"Love in a elevator!"♫
Este game está no grupo daqueles que mostram que criatividade é mais importante do que qualquer outra coisa para proporcionar diversão, fazendo você esquecer aquela caralhada de detalhes gráficos que a maioria das produtoras estão preocupadas em colocar nos games.
Cápsula ao gosto do freguês
Não que LBP tenha gráficos ruins, eles são bem competentes e estilosos, é que aquela frescalhada toda de um Modern Warfare 2, Killzone 2, Uncharted 2 ou seja lá o que for, nem caberiam neste game.
Ó a anarquia!
A parada aqui funciona com uma mecânica extremamente simples. Manja Mario Bros.? Então, é por aí. Você começa numa plataforma e tem que seguir para a direita (geralmente), a diferença é que você tem três planos disponíveis, um mais próximo da tela, outro mais pro fundo e o intermediário, sendo que se você estiver em um e quiser pular para uma plataforma que está em outro, a troca é feita automaticamente.
Dá pra fazer a fase do Chaves no Guarujá!
Isso dá alguns problemas de vez em quando, mas com um tempinho de jogo dá pra sacar quando vai acontecer e já se preparar.
Morbid visions
O objetivo é jogar o modo história para pegar itens que se vai utilizar para montar estágios num editor mais do que complexo. Tudo é explicado detalhadamente por um narrador bem paternal que varia de acordo com o idioma que você escolhe, sendo que na versão europeia há a opção de português lusitano.
Trabalheira desgraçada
O modo história tem duração de umas seis horas mais ou menos, isso sem conseguir pegar nem perto de 100% de cada tela, sendo que algumas é obrigatório você jogar novamente para conseguir os adesivos necessários para liberar certos itens, tal como jogar com dois ou quatro jogadores para resolver certos puzzles, o que pode ser feito off ou online.
Old Snake forever!
Ao montar um estágio você pode disponibilizá-lo na PSN, tal como baixar estágios de outros usuários for free. Há também pacotes de itens exclusivos e temáticos, como o já famoso de Metal Gear Solid, que são pagos. Vale lembrar que os personagens também são totalmente customizáveis.
Metal Gear nunca é demais
Enfim, LittleBigPlanet vale o investimento e é um dos games obrigatórios do PS3, mesmo que você só jogue offline e só tenha um controle, pois a parada é extremamente viciante e você não vai sossegar até fazer 100% em todas as telas.
Prós e Contras
- Criatividade à flor da pele
- Divertido bagaraio
- Desafio na medida
- Customização total
- Às vezes o controle dá uma de burro
- Construir uma tela dá muito trabalho
- No fim, dá sensação de “quero mais”
Vídeo
Posted by Vivard 19:49
Marcadores: 2008, Plataforma, puzzle